O mundo do cinema se mostra cada vez mais aberto e acessível a temas da comunidade LGBTQI+, pensando nessa tendência separamos para você uma seleção de filmes que marcaram história e ajudaram a disseminar ideais para um mundo mais justo e menos preconceituoso.
Milk: a voz da igualdade (Milk / 2008)
Milk é um filme baseado em fatos reais que narra a história do ativista Harvey Milk, primeiro homossexual assumido a obter um cargo público nos Estados Unidos. Situado na década de 70, não é difícil imaginar as dificuldades enfrentadas. Além disso, o filme retrata dramas do cotidiano da comunidade, suas lutas e diferentes formas sobre como lidar com eles.
Estrelado por Sean Penn, o filme venceu diversos prêmios, inclusive o Oscar de melhor ator na cerimônia realizada em 2009.
Moonlight: sob a luz do luar (Moonlight / 2016)
Vencedor do Oscar de melhor filme na cerimônia de 2017, Moonlight foi o primeiro longa com essa temática a levar a mais valiosa estatueta para casa. A história conta a trajetória de Chiron em três atos, sua infância, adolescência e fase adulta. Além do fato de se descobrir homossexual, ele terá que lidar com tudo isso em um meio muito complexo. Destaque para atuação de Mahershala Ali, que está fenomenal em seu papel.
Com amor, Simon (Love, Simon / 2018)
Com amor, Simon é um filme baseado em um livro de mesmo nome, da autora Becky Albertalli. Nele, Simon (Nick Robinson) é um jovem comum como qualquer garoto de sua idade, no entanto, ele guarda um segredo: é homossexual. Sua vida vira um verdadeiro inferno após seus e-mails serem divulgados na internet e sua família e amigos descobrirem a verdade.
O filme é uma divertida e interessante história sobre os medos e descobertas que a adolescência pode gerar para um homossexual. Simplesmente imperdível.
A garota dinamarquesa (The Danish Girl / 2015)
A garota dinamarquesa também é um filme baseado em fatos reais e conta a história de uma das primeiras transexuais a tentar passar pela cirurgia de redesignação sexual.
Einar (Eddie Redmayne) é casado com Gerda (Alicia Vikander) e descobre ao longo do casamento ser uma pessoa trans, eis que nasce sua verdadeira natureza, Lili Elbe. Tudo isso nos anos 20, o que torna a coragem de Lili em se assumir ainda mais admirável.
Destaque para Alicia Vikander que recebeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante por sua atuação.
Transamérica (Transamerica / 2005)
Transamérica é um filme que apresenta uma mulher trans, Bree, prestes a realizar sua cirurgia de redesignação sexual, mas tudo muda após ela descobrir que tem um filho adolescente em São Francisco. Decidida a resolver o “problema” antes mesmo de seu procedimento cirúrgico, ela parte para encontrá-lo.
Felicity Huffman está impecável no papel e apresenta todos os dramas da situação de forma magistral.
Hoje eu quero voltar sozinho (2014)
O cinema nacional não poderia ficar de fora da Lista. A narrativa dessa obra foi inspirada no curta “Hoje eu não quero voltar sozinho”, também dirigido por Daniel Ribeiro e com a participação dos mesmos protagonistas. Embora semelhantes, as histórias contam narrativas distintas.
No filme, Léo (Guilherme Lobo) é um garoto cego que se apaixona pelo novo aluno da escola, Gabriel (Fábio Audi). A forma leve e harmoniosa que o filme é apresentado nos leva em uma prazerosa experiência para entender melhor como a descoberta da orientação sexual se desenvolve na adolescência. A película foi a representante do Brasil na disputa do Oscar 2015, mas infelizmente não conseguiu a indicação.
Orações para Bobby (Prayers for Bobby / 2009)
Orações para Bobby é um filme baseado em fatos reais. Apesar de ser um filme feito para a TV e com um modesto orçamento, sua narrativa é de extrema importância, pois mostra os conflitos da dualidade entre religião e aceitação da orientação sexual.
Sigourney Weaver está simplesmente espetacular no papel da mãe religiosa, Mary, que não aceita o fato de seu filho, Bobby, ser homossexual. Os desdobramentos da narrativa nos leva a uma reflexão profunda sobre as consequências da rejeição e nos brinda com uma redenção amarga, mas necessária. Um filme simplesmente arrebatador.
Carol (Carol / 2015)
Cate Blanchett e Rooney Mara entregam interpretações fantásticas neste longa, dirigido por Todd Haynes e baseado no livro “The price of salt”, de Patrícia Highsmith. Nele, a jovem Therese (Mara) trabalha em uma loja de departamentos e tem sua vida totalmente mudada após o aparecimento de uma cliente madura e misteriosa, Carol (Blanchett). Não demora muito para que as duas se identifiquem e embarquem em uma história repleta de consequências.
O segredo de Brokeback mountain (Brokeback mountain / 2005)
Brokeback Moutain é um filme que lida com tabus, pois apresenta a história de dois cowboys que se apaixonam. Em um meio completamente homofóbico, é interessante observar como esse pode ter sido, e ainda pode ser, a situação de muitos que vivem a mesma realidade.
A película foi a favorita a levar o Oscar de melhor filme em 2006, mas infelizmente perdeu para Crash. No entanto, seu diretor, Ang Lee, levou a estatueta por melhor direção.
Também é uma oportunidade de acompanhar um dos últimos trabalhos de Heath Ledger, que faleceu em 2008.
Filadélfia ( Philadelphia / 1993)
Filadélfia foi um filme que quebrou barreiras, pois foi um dos primeiros filmes com essa temática a receber um orçamento respeitável e uma promoção a nível nacional. Tom Hanks (vencedor do Oscar de melhor ator pelo filme) encarna um advogado, Andrew Beckett, bem sucedido que esconde sua orientação sexual e sua doença (HIV) no local em que trabalha. Respeitado por todos, a vida de Andrew se transforma após os primeiros sinais da doença aparecerem.
Essa obra é um retrato de sua época. Mostrando as dificuldades enfrentadas para se conseguir simples direitos.
Bônus: Priscila, a rainha do deserto (The adventures of Priscilla, queen of the desert / 1994)
Um dos maiores clássicos dos filmes LGBT+, Priscila é um deleite para os amantes da sétima arte. Este road movie conta a história de Bernadette (Terrence Stamp), uma trans, e das drags Adam (Guy Pearce) e Anthony (Hugo Weaving). Os três saem em uma viagem a bordo de um ônibus chamado “Priscilla” que servirá de palco para todas as peripécias e dramas ao longo da narrativa.
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